29 agosto 2012

Brinquedos artesanais de Valongo

Brinquedo de lata fabricado em Alfena, Valongo, pelas oficinas Pe-pe (Foto: Mãos do Norte)

O que seria do Porto, se Valongo não existisse? Fisicamente, seria a mesma cidade, mas por certo seria uma cidade muito mais azeda, sem os deliciosos biscoitos de Valongo (ainda se fabricam), e teria sido muito mais triste, sem os encantadores brinquedos fabricados pelos artesãos de Ermesinde e de Alfena, duas freguesias do concelho de Valongo. E é preciso não esquecer que as escolas do Porto (e de todo o país!) teriam sido muito diferentes do que foram, se não fossem as lousas usadas pelos alunos e os quadros pretos aparafusados à parede, umas e outros provenientes das pedreiras de ardósia de Valongo.

Vem este arrazoado a propósito da notícia, recentemente vinda a público, da intenção de se abrir um museu do brinquedo em Alfena, nas instalações de uma antiga fábrica de brinquedos de lata. Anseio por visitar esse museu. Espero sinceramente que a notícia se concretize dentro de muito em breve. Enquanto isso não acontece, aqui se mostram alguns brinquedos tradicionais saídos da imaginação e das habilidosas mãos dos artesãos de Alfena, de Ermesinde e de outras localidades vizinhas, como Sampaio.


Brinquedos tradicionais de madeira (Foto de autor desconhecido)

Tábua de passar a ferro e ferro em miniatura, ambos de chapa e fabricados por Armindo Moreira Lopes (AML) (Foto: Rota das Regiões)


Pandeiretas de Valongo (Foto: Mãos do Norte)

Carro de bombeiros feito de lata e fabricado por Armindo Moreira Lopes (AML) (Foto: Rota das Regiões)

Comentários: 2

Blogger Rogério G.V. Pereira escreveu...

Acho que tive alguns desses brinquedos...

As cidades?
As cidades são o que forem seus arrabaldes!

29 agosto, 2012 23:16  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Completamente de acordo, caro Rogério. As cidades, com efeito, não são meros oásis à volta dos quais só existe deserto.

Como muito bem diz, são os arrabaldes que fazem as cidades. O que seria de Lisboa, por exemplo, sem as hortas saloias, sem os moinhos de maré do Seixal, do Barreiro e de Alhos Vedros, sem as salinas de Alcochete, sem as lavadeiras de Caneças e sem as fábricas da sua Cintura Industrial? Se tudo isto não existisse ou não tivesse existido num dado momento, nem sequer haveria uma cidade no lugar onde está Lisboa.

30 agosto, 2012 01:45  

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